24 de abr 2025
Pope Francis promove inclusão de LGBTQ+ na Igreja, mas enfrenta resistência conservadora
Após a morte do Papa Francisco, seu legado de acolhimento à comunidade LGBTQ+ é debatido, destacando avanços e resistências na Igreja.
Pope Francis acena para membros da mídia ao deixar um sínodo sobre questões familiares no Vaticano, em 10 de outubro de 2014. (Foto: AP Photo/Alessandra Tarantino, File)
Ouvir a notícia:
Pope Francis promove inclusão de LGBTQ+ na Igreja, mas enfrenta resistência conservadora
Ouvir a notícia
Pope Francis promove inclusão de LGBTQ+ na Igreja, mas enfrenta resistência conservadora - Pope Francis promove inclusão de LGBTQ+ na Igreja, mas enfrenta resistência conservadora
Após a morte do Papa Francisco, líderes e ativistas refletem sobre seu legado, especialmente em relação à comunidade LGBTQ+. Durante seu papado, Francisco manteve a doutrina tradicional da Igreja Católica, que rejeita o casamento entre pessoas do mesmo sexo e condena relações homossexuais como “intrinsecamente desordenadas”. No entanto, ele se destacou por sua abordagem inclusiva.
Francisco, que faleceu na segunda-feira, foi reconhecido por sua tentativa de acolher a comunidade LGBTQ+, apesar da resistência de conservadores. Sarah Kate Ellis, CEO da GLAAD, afirmou que ele foi um líder transformador, promovendo inclusão e compaixão. A ativista destacou a importância de seu acolhimento, mesmo sem mudanças doutrinais significativas.
Conservadores, por outro lado, mostraram-se preocupados com as iniciativas de Francisco. Em 2023, ele permitiu que sacerdotes abençoassem casais do mesmo sexo, decisão que gerou reações negativas, especialmente entre bispos africanos que se opuseram à implementação dessa declaração. A resistência foi evidente em várias regiões, incluindo a Europa Oriental e a América Latina.
O legado misto de Francisco também se refletiu no sínodo de 2023, que abordou o futuro da Igreja. Embora o evento tenha incluído questões LGBTQ+ na agenda, o resumo final não mencionou o tema, evidenciando a influência dos conservadores. Durante o sínodo, o Papa se encontrou com representantes da New Ways Ministry, que defende os católicos LGBTQ+ nos Estados Unidos.
Francisco foi o primeiro papa a usar abertamente o termo “gay” e a se dirigir à comunidade LGBTQ+ com palavras de acolhimento. Sua mensagem de que “todos, todos, todos” são amados por Deus se tornou um marco em seu papado. Apesar de algumas decisões controversas, como a proibição de bênçãos a uniões do mesmo sexo em 2021, ele posteriormente reverteu essa posição, permitindo bênçãos em certas circunstâncias.
Em uma entrevista de 2023, Francisco criticou leis que criminalizam a homossexualidade, afirmando que “ser homossexual não é um crime”. Ele pediu que bispos reconhecessem a dignidade de todos, sugerindo que deveriam aplicar “ternura” em suas abordagens. Essa declaração foi recebida com entusiasmo por ativistas, que viram nela um passo importante para a inclusão.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.