26 de abr 2025
União Brasil enfrenta crise interna após recusa de deputado em assumir ministério
Pedro Lucas Fernandes, líder do União Brasil, recusa cargo no Ministério das Comunicações, reforçando disputas internas e a influência de Davi Alcolumbre.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, durante sessão de abertura do ano Legislativo (Foto: Pedro Ladeira - 3 fev. 25 /Folhapress)
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O União Brasil enfrenta uma crise interna após a recusa do deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) em assumir o cargo de ministro das Comunicações. A decisão, anunciada na terça-feira (22), gerou constrangimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reforçou a influência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em detrimento do presidente nacional do partido, Antonio Rueda.
A recusa de Pedro Lucas, que alegou poder contribuir mais como líder da bancada na Câmara, expôs as divisões dentro do partido. Rueda havia defendido sua indicação para o ministério, mas a resistência de Pedro Lucas e a tentativa de Alcolumbre de colocar outro nome no cargo provocaram tensões. "Acho que contribui mais [para o governo] ter essa tranquilidade [nas votações] do que eu ir para o ministério por vaidade," afirmou o deputado.
Alcolumbre aproveitou a situação para indicar Frederico de Siqueira Filho ao ministério, aumentando sua influência no governo. O episódio também levantou questões sobre a confiabilidade do União Brasil, que possui a terceira maior bancada na Câmara, com 59 deputados. A relação entre o partido e o governo Lula se mostra cada vez mais complexa, com uma ala defendendo maior aproximação e outra se posicionando como oposição.
O impacto da recusa de Pedro Lucas é significativo. Ele poderá influenciar a destinação de R$ 865 milhões em emendas parlamentares, um valor consideravelmente maior do que o orçamento do Ministério das Comunicações, que é de R$ 263 milhões. A decisão de permanecer na Câmara foi vista como uma vitória por parte dos deputados que não desejavam sua liderança.
A situação atual do União Brasil reflete a falta de unidade interna e a dificuldade do governo em articular apoio político. O episódio evidencia a fragilidade da base parlamentar de Lula e a necessidade de uma nova abordagem para garantir a governabilidade.
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