Trump propõe eliminar fundos para artes e humanidades e gera reações intensas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs a eliminação do Fundo Nacional para as Artes (NEA) e do Fundo Nacional para as Humanidades (NEH) no orçamento de 2026. Essa proposta, divulgada na sexta-feira (2), visa reduzir o tamanho do governo federal e eliminar agências consideradas desnecessárias.

A proposta de Trump inclui cortes significativos nos orçamentos do NEA e do NEH, além do Instituto de Serviços para Museus e Bibliotecas (IMLS). A administração já havia tentado extinguir essas agências em seu primeiro mandato, mas foi barrada pelo Congresso. O novo orçamento sugere que a eliminação está alinhada com os esforços do presidente para aumentar a responsabilidade e diminuir o desperdício.

Recentemente, o NEA cancelou ou retirou ofertas de bolsas para organizações artísticas em todo o país, alegando uma atualização nas prioridades de financiamento. A agência agora prioriza projetos que celebrem a herança artística dos Estados Unidos, com foco em instituições históricas e comunidades específicas. Essa mudança gerou críticas, especialmente por afetar artistas de cor e iniciativas de diversidade.

A proposta de eliminação provocou reações rápidas de legisladores, como o senador Jack Reed, que prometeu lutar contra o fim do NEA. A deputada Chellie Pingree afirmou que Trump está promovendo um ataque às artes, tanto em termos de financiamento quanto de conteúdo. O NEA, que apoia projetos artísticos em todo o país, é visto como crucial para organizações menores.

Além disso, uma ação judicial foi movida por três organizações focadas em humanidades, buscando reverter os cortes e demissões no NEH. A situação do financiamento das artes e humanidades nos Estados Unidos permanece incerta, com o governo Trump já redirecionando recursos para projetos como o Jardim Nacional dos Heróis Americanos, em comemoração ao aniversário de duzentos e cinquenta anos da independência.