04 de mai 2025
Lula enfrenta instabilidade política e desafios para reeleição em 2026
Lula se declara "candidatíssimo" à reeleição, mas enfrenta instabilidade com aliados e a ascensão de Tarcísio de Freitas como concorrente.
Cerimonia de posse de Celso Sabino (União Brasil) no Ministério do Turismo, com a presença de Lula; ao fundo, o então presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) (Foto: Gabriela Biló - 3.ago.2023/Folhapress)
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou-se "candidatíssimo" à reeleição em 2024 durante um jantar com deputados no dia 23 de abril. Essa afirmação busca dissipar a percepção de um fim precoce de seu governo. Contudo, sua base aliada, composta por partidos de centro e direita, enfrenta instabilidade, o que pode dificultar sua candidatura.
A reforma ministerial prometida não avançou, refletindo a falta de apoio sólido entre os cinco partidos da coalizão: União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos. Esses partidos, que somam quase metade da Câmara, demonstram resistência em garantir apoio a Lula, além de estarem entusiasmados com a possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A situação se agrava com a demora na reforma ministerial, que já se arrasta por seis meses. Apenas mudanças internas do PT foram realizadas até agora. A falta de adesão à candidatura de Lula é preocupante, especialmente com a possibilidade de Tarcísio unir forças políticas fora da esquerda. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, expressou essa preocupação, evidenciando a fragilidade da base aliada.
Os partidos aliados têm um histórico de fisiologismo e, mesmo diante de dificuldades, não devem abrir mão do acesso à máquina federal. A definição sobre as candidaturas para 2026 deve ocorrer entre outubro deste ano e o primeiro semestre do próximo. Entre as incertezas estão a candidatura de Tarcísio e a recuperação da elegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). A popularidade de Lula, que atingiu níveis baixos, também é um fator a ser considerado.
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