Papal nome: tradição histórica molda escolhas e simbolismo no novo pontificado

A escolha do nome pelo próximo papa será um momento significativo, refletindo a história da Igreja Católica. A tradição de papas adotarem novos nomes começou com o Papa João II, no século VI, e continua a ser uma prática comum. O novo papa poderá optar por nomes que simbolizem reforma e justiça social, como Leo ou Innocent. A escolha será anunciada com a tradicional frase "Habemus Papam" após a eleição.

A mudança de nome é uma das primeiras ações do novo papa e carrega um forte simbolismo. A prática, que não possui uma razão doutrinária, foi estabelecida por João II ao abandonar o nome Mercurius, considerado muito próximo ao deus pagão Mercúrio. Desde então, a adoção de novos nomes tornou-se comum, especialmente entre papas de países como França e Alemanha, que preferiram nomes italianos.

Os nomes escolhidos têm significados profundos, muitas vezes ligados a papas ou santos que enfrentaram crises ou inspiraram reformas. O atual papa, Francisco, escolheu seu nome em homenagem a São Francisco de Assis, simbolizando paz e cuidado com os pobres. Nomes como Leo XIII, conhecido por sua dedicação à justiça social, e Innocent XIII, que combateu a corrupção, são considerados boas opções para o próximo papa.

A escolha do nome também pode refletir a origem do novo papa. Um papa oriundo do Sul Global pode optar por nomes de pontífices não italianos, como Gelasius ou Miltiades. A tradição de nomes papais é rica, com o nome João sendo o mais popular, adotado por 21 papas.

Após a eleição, a confirmação do novo papa será feita em latim. O cardeal decano anunciará a escolha na varanda da Basílica de São Pedro, seguindo o ritual que inclui a fumaça branca e os sinos de São Pedro. O nome papal será traduzido para o latim, enquanto o sobrenome permanecerá em sua língua nativa.