Friedrich Merz não consegue maioria e enfrenta desafios em sua eleição como chanceler

Friedrich Merz foi formalmente eleito chanceler da Alemanha nesta terça-feira, após uma votação parlamentar que confirmou sua liderança. Merz, do partido conservador CDU, assume o cargo em um momento de desafios econômicos e políticos, prometendo reformas e investimentos significativos.

Na votação, Merz obteve 310 votos no Bundestag, precisando de 316 para garantir a maioria. A coalizão formada entre a CDU/CSU e os Social-Democratas (SPD) possui 328 assentos, mas a margem é estreita. A nova administração enfrenta a pressão de apresentar resultados rápidos, especialmente após a estagnação econômica que o país enfrenta.

Merz, de 69 anos, destacou a necessidade de modernizar a economia alemã e melhorar a infraestrutura. Ele também pretende reformar as políticas de imigração e fortalecer os laços com parceiros europeus. O novo governo já anunciou um pacote de 500 bilhões de euros para infraestrutura e defesa, visando revitalizar a economia.

Desafios com a AfD

O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que se tornou a principal força de oposição, contestou sua classificação como partido extremista. A AfD entrou com uma ação judicial contra a decisão da agência de inteligência alemã, que a rotulou como uma ameaça à democracia. A classificação permite um monitoramento mais rigoroso das atividades do partido.

Merz, por sua vez, evitou comentar sobre a possibilidade de proibição da AfD, mas se opôs à eleição de membros do partido para posições de liderança no Parlamento. A situação política é tensa, com a AfD buscando capitalizar sobre a insatisfação popular e a crise econômica.

A nova administração de Merz terá que navegar em um cenário complexo, onde a popularidade do governo é baixa e a AfD continua a ganhar força. O futuro chanceler enfatizou a importância de um governo bem-sucedido para conter o avanço da extrema-direita nas próximas eleições.