07 de mai 2025
Anders Arborelius é cotado para novo papa após crescimento do catolicismo na Suécia
Anders Arborelius, cardeal da Escandinávia, é favorito no conclave e defende imigração e ecologia, alinhando se ao papa Francisco.
O cardeal sueco Anders Arborelius é bispo de Estocolmo. (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)
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O conclave da Igreja Católica, iniciado em 7 de outubro, tem como um dos favoritos o bispo de Estocolmo, Anders Arborelius, primeiro cardeal da Escandinávia. Arborelius, de 75 anos, é visto pelo papa Francisco como um “modelo de liderança” e destaca-se pelo crescimento do catolicismo na Suécia, um país com forte tradição secular.
O aumento do número de católicos em sua diocese se deve, em grande parte, à chegada de imigrantes que praticam a fé católica. Isso levou à necessidade de emprestar ou comprar igrejas luteranas para acomodar os novos fiéis. Arborelius defende os direitos dos imigrantes e enfatiza a importância do multiculturalismo na Suécia.
Postura Progressista
Em entrevista ao jornal The National Catholic Register, Arborelius ressaltou que a diversidade da Igreja Católica sueca reflete a “mensagem universal” do Evangelho. Ele também compartilha a preocupação de Francisco com questões ambientais, defendendo que a destruição em larga escala do meio ambiente seja considerada um crime internacional, o chamado “ecocídio”.
O cardeal implementou restrições à missa em latim, seguindo a linha de Francisco, e expressou sua incompreensão sobre o desejo de algumas pessoas por esse tipo de celebração. Arborelius, que se converteu ao catolicismo aos 20 anos, é descrito como afável e aberto ao diálogo, sendo difícil encontrar alguém que não goste dele.
Visão sobre a Igreja
Membro de vários dicastérios do Vaticano, Arborelius é considerado progressista, mas se opõe à politização da Igreja, que considera perigosa. Ele é visto como mais conservador em algumas questões, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Especialistas acreditam que o próximo papa terá um perfil moderado, mas não necessariamente oposto ao de Francisco.
O cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, afirmou que o sucessor de Francisco não será uma "xerox" do atual papa, indicando que mudanças podem ocorrer na liderança da Igreja.
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