Política

Carreiras públicas transversais ganham espaço na administração federal com novas vagas

Novas carreiras transversais no Concurso Nacional Unificado geram preocupações entre servidores sobre mobilidade e atribuições semelhantes.

Paulo Kliass, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e diretor da Anesp (Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental) (Foto: Reprodução)

Paulo Kliass, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e diretor da Anesp (Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental) (Foto: Reprodução)

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As carreiras públicas transversais na administração federal ganharão destaque com a introdução de duas novas funções no Concurso Nacional Unificado (CNU), marcado para 5 de outubro. As novas carreiras são de analista técnico de desenvolvimento socioeconômico e analista técnico de justiça e defesa. O secretário de Gestão e Inovação, Roberto Pojo, afirma que essas mudanças visam aumentar a mobilidade dos servidores, que atualmente somam cerca de 5 mil em um total de 550 mil servidores ativos.

A criação das novas carreiras gerou preocupações entre os servidores já existentes, especialmente os analistas técnicos de políticas sociais, que temem que as atribuições dos novos cargos sejam semelhantes às suas. A Andeps (associação nacional dos servidores deste cargo) destaca que as funções de análise e planejamento são quase idênticas, o que pode impactar a mobilidade dos atuais servidores. Uma servidora com 11 anos de experiência descreveu as novas atribuições como um "copia e cola" das suas.

Pojo reconhece que é comum haver receios sobre o "sombreamento" das funções, mas defende que as novas carreiras são uma complementação e não uma ameaça. Ele também menciona que, com a nomeação dos aprovados no CNU, os analistas técnicos de políticas sociais terão mais oportunidades de mobilidade. A diretora da Andeps, Daniela Fortunato Rego, observa que 70% dos analistas técnicos de políticas sociais são mulheres, enquanto as novas carreiras tendem a ser dominadas por homens, devido ao histórico de áreas como economia e tecnologia.

A mobilidade entre os cargos é uma característica fundamental das carreiras transversais. Paulo Kliass, especialista em políticas públicas, compartilha que nunca permaneceu mais de três anos em um mesmo local, passando por diversos órgãos do governo. Ele ressalta que a avaliação das novas carreiras levará tempo, e que a criação delas não implica em aumento de vagas, mas sim em um remanejamento de postos considerados obsoletos.

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