CIA se prepara para cortes e reestruturação focando em operações secretas durante governo Trump

O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), John Ratcliffe, anunciou planos para cortes significativos de pessoal, priorizando operações encobertas e agentes de campo em detrimento de analistas. Essa reestruturação ocorre no contexto da administração de Donald Trump, que busca elevar a atuação da agência em áreas como contra-narcóticos e inteligência humana.

Ratcliffe, que tem mantido uma relação próxima com a Casa Branca, enfrenta desafios para equilibrar a confiança dos funcionários da CIA e as demandas políticas do governo. A percepção entre os agentes é de que a agência está se tornando "sem direção", com muitos temendo uma possível crise de confiança interna. A reestruturação pode resultar na saída de até 1.200 funcionários, representando cerca de 5 a 6% da força de trabalho total.

A nova estratégia inclui a criação de um Centro de Missão das Américas, focado em operações contra cartéis. A CIA já está realizando missões de vigilância no espaço aéreo mexicano e avaliando suas autoridades legais para ações letais contra esses grupos. Ratcliffe enfatizou que a agência deve coletar inteligência em "cada canto do globo", sem permitir que viés político interfira nas análises.

Embora Ratcliffe tenha demitido alguns funcionários envolvidos em iniciativas de diversidade, sua abordagem tem sido considerada discreta, evitando os erros de outros membros do governo. No entanto, sua presença frequente na Casa Branca levanta questões sobre quem realmente comanda a CIA. A expectativa é que as mudanças sejam implementadas em breve, mas a incerteza continua a pairar sobre o futuro da agência.