Guarda Suíça Pontifícia: tradição e bravura na proteção do Papa há cinco séculos

A Guarda Suíça Pontifícia, responsável pela proteção do Papa há mais de cinco séculos, é composta por cidadãos suíços, solteiros e católicos praticantes. Para integrar esse corpo militar, os candidatos devem atender a critérios rigorosos, como ter entre 19 e 30 anos, medir ao menos 1,74 metro e apresentar conduta impecável. Atualmente, a Guarda conta com 150 membros.

Os novos integrantes passam por um treinamento intensivo que abrange desde o uso de alabardas tradicionais até o manuseio de rifles semiautomáticos. A principal missão da Guarda é garantir a segurança do Sumo Pontífice e de sua residência, além de acompanhá-lo em viagens e controlar o acesso ao Estado da Cidade do Vaticano.

História e Bravura

Fundada em 1506 pelo Papa Júlio II, a Guarda Suíça foi criada devido à reputação dos mercenários suíços como os melhores soldados da época. Em 1527, durante o Saque de Roma, a bravura dos guardas foi testada, resultando na morte de 147 deles enquanto protegiam o Papa Clemente VII. A disposição para o sacrifício se repetiu na Segunda Guerra Mundial, quando os guardas se posicionaram defensivamente contra uma possível invasão.

Em 1981, a Guarda teve um papel crucial na proteção do Papa João Paulo II durante uma tentativa de assassinato na Praça de São Pedro. Um dos guardas, que estava à paisana, foi aclamado como herói e, anos depois, se tornou comandante da Guarda. A história da Guarda Suíça Pontifícia é marcada por coragem e dedicação ao serviço do Papa e da Igreja Católica.