10 de mai 2025
PCC ainda controla venda de drogas em São Paulo, apesar de operações policiais recentes
A dispersão da cracolândia em São Paulo reduziu o número de dependentes, mas o tráfico do PCC persiste na região.
Atualmente, a maior concentração está na rua dos Protestantes, em Santa Ifigênia, centro de São Paulo. (Foto: Danilo Verpa - 17.mar.25/Folhapress)
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Três anos após a megaoperação que desmantelou a cracolândia na praça Princesa Isabel, o tráfico de drogas na região ainda é controlado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). A facção continua a dominar a venda de crack, cocaína e maconha, conforme um delegado que pediu anonimato. Embora a dispersão dos usuários tenha ocorrido, as drogas sintéticas são comercializadas por outros grupos.
Recentemente, a aglomeração de dependentes químicos se deslocou para a rua dos Protestantes, na Santa Ifigênia. Dados da gestão Ricardo Nunes (MDB) indicam que, na última terça-feira (6), havia 107 usuários pela manhã e 103 à tarde. Um ano atrás, a média era de 361 durante o dia e 347 à tarde. Em maio de 2023, a cracolândia estava na rua dos Gusmões, onde foram registrados 262 dependentes durante o dia e 572 à noite.
A Operação Caronte, iniciada em junho de 2021, resultou na dispersão dos usuários, que passaram a se mover por diversas ruas do centro. A ação policial gerou um aumento na presença de policiais militares e guardas civis, mas também provocou protestos de moradores e comerciantes. A situação levou à formação da Associação Geral do Centro de São Paulo, que busca melhorias na segurança e limpeza da área.
Atualmente, embora a violência e o vandalismo ainda sejam preocupações, os índices de criminalidade apresentam uma leve queda. Os roubos diminuíram em 23% no 3º DP (Campos Elíseos) e 24% no 77º DP (Santa Cecília) em comparação ao ano anterior. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado informou que realiza investigações constantes e apreendeu 598,35 quilos de drogas na região central no último trimestre.
A Prefeitura de São Paulo também destacou que, em 2024, foram realizados mais de 1,3 milhão de atendimentos nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps AD) voltados para dependentes químicos. A gestão Nunes relatou que, apenas na Cena Aberta de Uso, foram feitas 137.041 abordagens, resultando em 15.318 encaminhamentos para serviços de saúde e assistência social.
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