10 de mai 2025
Governo Lula enfrenta crise após fraudes no INSS e busca ressarcir aposentados lesados
Governo Lula enfrenta crise com fraudes no INSS; investigação avança enquanto oposição tenta associar escândalo ao presidente.
Presidente Lula com o ex-ministro Carlos Lupi, da Previdência (Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO)
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta uma crise devido a fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A oposição tenta associar o escândalo ao presidente, mas a cúpula governista acredita que essa conexão ainda não foi estabelecida. Em viagem à Rússia, Lula afirmou que não tem pressa nas investigações e que o foco é apurar os fatos com seriedade.
Recentemente, um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre as fraudes viralizou, alcançando mais de 100 milhões de visualizações em dois dias. O governo avalia que, apesar do impacto, a crise não se compara à do Pix, que havia afetado sua imagem anteriormente. A prioridade continua sendo proteger a imagem de Lula e garantir que "fraude do INSS" não se torne sinônimo de seu nome.
O governo estuda usar recursos públicos para ressarcir as vítimas das fraudes, que totalizaram R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos entre 2019 e 2024. O INSS anunciou a devolução de R$ 292,7 milhões a aposentados e pensionistas, referentes a mensalidades descontadas indevidamente. Lula destacou que a responsabilidade pela fraude começou em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A cúpula do governo tenta desviar a atenção da oposição, que busca criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o caso. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, argumenta que as fraudes se intensificaram na gestão anterior e que a atual administração está agindo para resolver a situação.
A Advocacia-Geral da União (AGU) já pediu o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens de suspeitos envolvidos no esquema. O governo também pode recorrer a recursos do Orçamento para devolver os valores aos segurados. A situação no INSS continua crítica, com a fila de espera para atendimento superando 2 milhões de pessoas.
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