Alcatraz: a fuga audaciosa que desafiou a fama de prisão inescapável

Alcatraz, conhecida como uma prisão impenetrável, voltou a ser tema de debate após a proposta do ex-presidente Donald Trump de reabri-la. Ele afirmou que "ninguém jamais escapou" do local, desconsiderando a famosa fuga de Frank Morris e dos irmãos Anglin em mil novecentos e sessenta e dois, que nunca foram encontrados.

Os três prisioneiros utilizaram cerca de cinquenta capas de chuva para construir uma balsa improvisada e escaparam da prisão, que foi considerada uma fortaleza. Art Roderick, ex-marshal dos Estados Unidos, que investigou o caso por quase quatro décadas, afirmou que a história da fuga "nunca desaparece".

Os irmãos Anglin e Morris, com um histórico de tentativas de fuga, foram transferidos para Alcatraz após uma tentativa frustrada em outra prisão. David Widner, sobrinho dos Anglin, destacou que a família sempre acreditou na capacidade deles de escapar. A fuga foi meticulosamente planejada, envolvendo a criação de cabeças de papel machê para enganar os guardas.

Após a fuga, uma intensa busca foi realizada, mas nenhuma evidência concreta foi encontrada. Um cartão postal que supostamente foi enviado por um dos fugitivos levantou suspeitas, mas a análise da caligrafia indicou que poderia ser uma farsa. A investigação do FBI foi encerrada em mil novecentos e setenta e nove, com a conclusão de que os fugitivos eram "presumidos mortos".

Estudos recentes sugerem que a sobrevivência dos fugitivos é possível, com simulações mostrando que eles poderiam ter alcançado a costa. Apesar de novas teorias e relatos de avistamentos, a família Anglin acredita que a verdade sobre o destino dos irmãos ainda não foi totalmente revelada.

Trump vê Alcatraz como um símbolo de lei e ordem, enquanto Widner expressa preocupação com a perda do valor histórico do local se ele for reaberto como prisão. Alcatraz, fechada em mil novecentos e setenta e três, se tornou um museu e atrai mais de um milhão de visitantes anualmente.