Papa eleito adota nome Leão 14, enquanto profecia de São Malaquias gera polêmica

Robert Prevost foi eleito papa e adotou o nome Leão 14, uma escolha que remete ao primeiro papa a usar esse título, São Leão Magno. A tradição de papas adotarem novos nomes é comum, geralmente em homenagem a figuras admiradas ou crenças pessoais.

A escolha do nome Leão 14 também levanta discussões sobre a profecia de São Malaquias, que menciona papas até um suposto Pedro 2º, considerado por alguns como o último papa da Igreja Católica. Essa profecia, publicada em mil quinhentos e noventa e cinco, é alvo de controvérsias. Especialistas, como Luis Alberto De Boni, questionam sua autenticidade, apontando que não há registros anteriores a essa data.

A profecia atribui frases em latim a cada papa, descrevendo suas características. Os dísticos, como são chamados, foram atribuídos a 112 pontífices, desde Celestino 2º até Pedro 2º. Acredita-se que a profecia tenha sido escrita em mil cento e trinta e nove, mas muitos estudiosos acreditam que foi criada para influenciar o conclave de mil quinhentos e noventa, após a morte do papa Urbano 7º.

Além de sua relevância histórica, a escolha do nome pode indicar o perfil que o novo papa deseja imprimir em seu pontificado. O nome Leão é um dos mais populares, com 14 papas já tendo adotado essa designação. O último foi Leão 13, que teve um dos papados mais longos da história, de mil oitocentos e setenta e oito a mil novecentos e três. Seu legado espiritual ainda ressoa entre os fiéis, destacando a importância de uma relação mais próxima com o Espírito Santo.