13 de mai 2025
Brasil avança em parceria com a Rússia para desenvolver pequenos reatores nucleares
Brasil avança na energia nuclear com parceria da Rosatom para desenvolver pequenos reatores, visando estabilidade e atração de investimentos.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender o retorno das obras da Usina Nuclear de Angra 3 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta segunda-feira, 12, uma parceria com a Rosatom, estatal russa de energia nuclear, para desenvolver pequenos reatores nucleares no Brasil. A iniciativa visa modernizar a infraestrutura energética e garantir a estabilidade do sistema elétrico nacional.
Silveira destacou a abundância de urânio no Brasil, afirmando que apenas 26% do subsolo brasileiro é conhecido. Ele comparou a reserva de urânio do país a uma "Petrobras" mineral. O ministro ressaltou que a tecnologia dos pequenos reatores, com capacidade entre 20 e 300 megawatts (MWe), pode beneficiar indústrias que demandam grande quantidade de energia.
Estabilidade Energética
O ministro enfatizou que a implementação de pequenos reatores nucleares é crucial para estabilizar o sistema elétrico, especialmente com o aumento das fontes intermitentes, como a energia eólica e solar. Silveira afirmou que a energia nuclear é uma alternativa limpa e pode substituir térmicas a óleo, reduzindo custos e poluição.
Além disso, ele mencionou a importância de concluir as obras da Usina Nuclear de Angra 3 com uma gestão segura de recursos. O governo brasileiro busca aproveitar a experiência da Rússia no setor nuclear para avançar na instalação desses reatores.
Parcerias Internacionais
Durante sua visita à China, Silveira também discutiu possíveis parcerias no setor nuclear, além de acordos para o desenvolvimento de energias renováveis. O governo brasileiro está em negociações com a Tenex, subsidiária da Rosatom, para explorar conjuntamente urânio e lítio no Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acompanhou Silveira na missão à Rússia e à China, reafirmou o compromisso de ampliar a pesquisa e exploração de minerais críticos no país. A parceria com a Rosatom é vista como um passo importante para o futuro energético do Brasil.
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