Corinthians enfrenta crise administrativa e retoma votação de impeachment de Augusto Melo

O Corinthians enfrenta uma crise administrativa com o processo de impeachment do presidente Augusto Melo. A admissibilidade do pedido já foi aprovada, mas a votação final ainda não ocorreu. Recentemente, o clube viu a saída de vários diretores, incluindo os de marketing e financeiro, em meio a uma convocação do Conselho Deliberativo para retomar a votação do impeachment no dia 26 de maio.

A situação se agrava com a debanda de diretores. Em apenas 16 meses de mandato, a atual diretoria já registrou 21 saídas. A mais recente foi a do diretor de marketing Edgard Soares, que ficou no cargo por pouco mais de um mês. Sua nomeação foi controversa, pois ele redigiu o pedido de impeachment contra Melo. Durante sua gestão, Soares demitiu superintendentes e gerentes da área.

Além de Soares, o diretor de relações institucionais Thales Cezar de Oliveira também pediu desligamento no início de maio. A saída do diretor financeiro Pedro Silveira, que ocorreu no fim de abril, foi especialmente sentida, pois ele enfrentava problemas de saúde. O Corinthians, que já enfrenta um passivo total de R$ 2,5 bilhões, viu suas contas de 2024 serem reprovadas.

Votação do Impeachment

O Conselho Deliberativo se reunirá em 26 de maio para discutir o impeachment de Augusto Melo. A votação foi suspensa em janeiro devido à falta de tempo. Na ocasião, a admissibilidade foi aprovada por 126 votos a 114, mas o impeachment em si não foi votado. As investigações sobre irregularidades no contrato com a patrocinadora VaideBet aumentaram a pressão sobre o presidente.

Os Gaviões da Fiel, que antes eram contrários ao impeachment, mudaram de postura e não se opõem mais abertamente ao afastamento de Melo. Os autores do pedido afirmam que a gestão do presidente comprometeu a imagem do clube. Melo nega irregularidades e reclama da falta de defesa adequada durante o processo.

Se o impeachment for aprovado, Melo será afastado imediatamente, e o Conselho Deliberativo convocará uma nova eleição para um presidente interino. Caso os sócios rejeitem o impeachment, Melo retornará ao cargo. Ele enfrenta quatro processos de impeachment no total, sendo o mais recente baseado em alegações de gestão temerária.