IBGE lança novo mapa-múndi com Brasil no centro e gera polêmica nas redes sociais

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou um novo mapa-múndi que coloca o Brasil no centro e o Sul Global no topo. A apresentação ocorreu em um evento na China, onde a ex-presidente Dilma Rousseff destacou sua relevância geopolítica. O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, afirmou que a iniciativa gerou um "importante debate aberto" sobre representações cartográficas.

O novo mapa, divulgado no dia sete de maio, viralizou nas redes sociais por sua orientação invertida, desafiando convenções históricas. Pochmann ressaltou que a proposta visa evidenciar a posição de liderança do Brasil em fóruns internacionais, como os Brics e a COP30. No entanto, a associação sindical dos servidores do IBGE, a Assibge, criticou o lançamento, alegando que não houve participação das áreas técnicas do instituto.

A nova projeção cartográfica foi apresentada por Dilma Rousseff ao lado de Pochmann, que comemorou a "enorme procura" pelo mapa. A Assibge, por sua vez, considerou o lançamento "problemático" e indicou que a construção do mapa não seguiu os procedimentos adequados. O economista também compartilhou sua chegada à China após uma longa viagem, destacando a importância do mapa para a emancipação da opinião pública.

A criação do mapa invertido ocorre em um contexto de crise interna no IBGE, onde servidores expressaram descontentamento com decisões da gestão Pochmann. O evento em que o mapa foi apresentado faz parte do Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global, que ocorre em Fortaleza. A nova versão do mapa busca estimular discussões sobre o papel dos países em desenvolvimento na política global, embora especialistas apontem que a inversão não altera as realidades geográficas.