13 de mai 2025
Governo avalia crédito extraordinário para ressarcir aposentados lesados por fraudes
Governo avalia abrir crédito extraordinário para ressarcir aposentados do INSS por descontos indevidos, mas busca justificativa jurídica sólida.
Foto:Reprodução
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BRASÍLIA - O governo federal está considerando abrir crédito extraordinário para ressarcir aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que sofreram descontos indevidos. A medida visa contornar o teto de gastos e evitar desgaste político. Os valores a serem ressarcidos ainda estão sendo apurados, assim como o número de beneficiários afetados.
A prioridade do governo é devolver os montantes que as empresas envolvidas nas fraudes devem. Contudo, esses valores podem não ser suficientes a curto prazo, o que torna necessário o uso de recursos públicos para atender rapidamente os lesados. O crédito extraordinário permite ao Executivo realizar despesas fora do Orçamento em situações urgentes e imprevisíveis, como calamidade pública.
O economista Marcos Mendes destacou que a flexibilidade no uso desse mecanismo tem aumentado, especialmente com a restrição fiscal. A abertura do crédito extraordinário requer aprovação do Congresso e pode ser uma alternativa para evitar cortes em despesas discricionárias. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, mencionou a possibilidade de bloqueio de recursos de programas como o PAC para viabilizar a nova despesa, o que gerou descontentamento entre membros do governo.
Justificativa Jurídica
A discussão sobre a justificativa jurídica para o uso do crédito extraordinário é crucial. Mendes explicou que a Constituição permite essa abertura em situações específicas, mas há interpretações divergentes sobre o que constitui "despesas imprevisíveis e urgentes". O governo pode consultar o Supremo Tribunal Federal (STF) ou o Tribunal de Contas da União (TCU) para respaldar sua decisão.
Técnicos do governo reconhecem a necessidade de uma justificativa sólida para a escolha do crédito extraordinário. A decisão final sobre a abordagem a ser adotada ainda não foi tomada. O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, afirmou que a discussão sobre a base legal é prematura, enfatizando que o foco atual é consolidar o valor a ser ressarcido. O tema será debatido na Junta de Execução Orçamentária (JEO).
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