Política

Universidade Federal do Ceará concede título post mortem a Bergson Gurjão Farias

Universidade Federal do Ceará homenageia Bergson Gurjão Farias com diploma post mortem em cerimônia pública no dia 16, relembrando sua luta.

Bergson Gurjão Farias, estudante morto durante a ditadura militar, em maio de 1972 (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

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Cinquenta e três anos após seu assassinato pela ditadura militar, o estudante Bergson Gurjão Farias receberá um diploma post mortem da Universidade Federal do Ceará (UFC). A cerimônia ocorrerá no dia 16 de maio, às 17h30, na sala do Conselho Universitário, e será aberta ao público.

Bergson desapareceu em maio de 1972 em Caianos, no Pará, e era considerado foragido da Justiça Militar. Na época, ele tinha 25 anos e atuava no movimento estudantil, sendo conhecido na região como "Jorge". Registros indicam que ele participou da Guerrilha do Araguaia. Seus restos mortais foram encontrados nos anos 1990, e o sepultamento ocorreu em 2009, em Fortaleza, com a presença de seus pais.

A homenagem é um momento de emoção para a família. Ielnia Gurjão Farias, irmã de Bergson, descreve-o como um jovem alegre, engajado em questões sociais. "Ele não se conformava com a pobreza e a fome", afirmou. Ielnia, que reside nos Estados Unidos, participará da cerimônia e expressou seu desejo de que seus pais e outra irmã estivessem presentes.

Bergson foi vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFC em 1967 e foi preso no 30º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) em 1968. Após sua detenção, ele foi expulso da universidade com base no Decreto-Lei nº 477, que proibia a organização estudantil. A cerimônia de entrega do diploma representa um reconhecimento tardio de sua luta por justiça social.

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