El presidente de El Salvador, Nayib Bukele, en una foto de archivo (Foto: Gladys Serrano)

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Bukele ordena retenção de 30% das receitas de ONGs e reprime protesto em El Salvador - Bukele ordena retenção de 30% das receitas de ONGs e reprime protesto em El Salvador

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O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, intensificou a repressão a organizações de direitos humanos ao determinar a retenção de 30% de suas receitas. A medida, semelhante à adotada pelo presidente nicaraguense Daniel Ortega, ocorreu após a intervenção violenta da Polícia Militar em uma manifestação pacífica em frente à residência presidencial.

A manifestação, realizada na noite de segunda-feira, reuniu cerca de 300 famílias da comunidade El Bosque, que protestavam contra uma ordem de despejo. A Polícia Militar, equipada com escudos balísticos, dispersou os manifestantes, resultando na prisão de cinco líderes comunitários. Vídeos da ação mostram policiais agredindo os manifestantes, incluindo idosos e crianças.

Após a repressão, quatro dos cinco líderes foram liberados, mas um deles, José Ángel Pérez, presidente da comunidade, permanece detido. Na manhã seguinte, o ativista Alejandro Henríquez foi preso sob acusações de desordem pública. A polícia também realizou buscas na comunidade em busca de outros manifestantes.

Reações e Consequências

A ação gerou forte reação nas redes sociais e condenação de dezoito organizações de direitos humanos, além de entidades internacionais como a Anistia Internacional. A utilização da Polícia Militar para reprimir protestos civis é inédita em El Salvador desde os acordos de paz de 1992.

Bukele defendeu sua decisão em uma postagem, alegando que os manifestantes foram manipulados por grupos de esquerda e ONGs. Ele anunciou a proposta de um projeto de lei que visa taxar em 30% as doações recebidas por ONGs, com o objetivo de quitar dívidas da cooperativa da comunidade El Bosque.

A proposta de Bukele já havia sido apresentada em 2021, mas não avançou devido a pressões internas e internacionais. Organizações de direitos humanos alertam que a aprovação da nova lei representaria uma ameaça à sociedade civil e à imprensa independente, comparando-a à legislação imposta por Ortega na Nicarágua.

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