16 de mai 2025
Estados Unidos propõem imposto de 5% sobre remessas, afetando economia mexicana
Proposta de imposto de 5% sobre remessas nos EUA pode impactar severamente a economia mexicana, afetando milhões de imigrantes.
Um serviço de transferência de dinheiro especializado em transferências para a América Latina em Nova Jersey, Estados Unidos. (Foto: Spencer Platt/Getty Images) Um local onde se recebem remessas em Joyabaj (Guatemala), em 2020. (Foto: Moises Castillo/AP)
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Remessas de mexicanos nos EUA enfrentam nova proposta de imposto
Um comitê da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou uma proposta que estabelece um imposto de 5% sobre remessas enviadas por mexicanos. A medida, que recebeu apoio unânime dos republicanos, pode impactar mais de 40 milhões de imigrantes e gerar uma perda de US$ 3,25 bilhões anuais para a economia mexicana.
O governo mexicano já expressou preocupação com a proposta, considerando-a “inaceitável”. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, argumentou que a medida seria inconstitucional, pois os mexicanos nos EUA já pagam impostos. A Câmara de Deputados do México se uniu ao Senado em um pedido para discutir a proposta com legisladores americanos.
As remessas são uma das principais fontes de divisas para o México, superando setores como agropecuária e turismo. Em 2024, as remessas alcançaram US$ 64,7 bilhões, e no início de 2025, os mexicanos enviaram US$ 14,3 bilhões ao país. A média das remessas foi de US$ 383, com 99% das transações realizadas por meio de transferências eletrônicas.
Impacto econômico e social
A proposta de imposto pode afetar o Produto Interno Bruto (PIB) do México em 0,18 pontos percentuais ao ano. Se a economia mexicana já enfrenta um crescimento projetado de 0%, a implementação do imposto poderia reduzir essa taxa para 0,09%. Especialistas alertam que a nova carga fiscal pode forçar os migrantes a buscar meios informais para enviar dinheiro, aumentando os riscos associados.
Além disso, a proposta inclui restrições que podem bloquear o envio de remessas para pessoas indocumentadas, o que poderia resultar em uma queda de 30% nas remessas, impactando ainda mais a economia mexicana. A medida é vista como parte de uma agenda mais ampla de políticas antimigratórias do governo dos EUA.
O Senado americano deve votar a proposta em breve, com a expectativa de que o presidente Donald Trump a sancione até 4 de julho. A situação gera apreensão, pois as remessas são essenciais para muitas famílias em áreas rurais e marginalizadas do México.
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