15 de mai 2025
Polícia Militar do Rio de Janeiro incorpora helicóptero Black Hawk ao seu arsenal
Polícia Militar do Rio de Janeiro recebe helicóptero Black Hawk enquanto STF aprova plano polêmico para recuperar favelas dominadas pelo crime.
Retrocesso. O Supremo Tribunal Federal (STF) havia proibido disparos de aeronaves, mas recuou (Foto: Clarice Castro/GOVRJ e Alejandro Pena/Guarda Nacional)
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A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) irá incorporar um helicóptero Black Hawk ao seu arsenal até o final do ano. A aquisição ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar um plano para recuperar áreas dominadas pelo crime, gerando preocupações sobre a eficácia das operações nas comunidades.
O Black Hawk, conhecido por sua utilização em operações militares, pode transportar até onze soldados e é adaptável a armamentos pesados. A decisão do STF sobre a "ADPF das Favelas" busca estabelecer regras para incursões policiais, mas ainda não foi oficialmente publicada. A proposta inclui a realização de necrópsias em casos de mortes durante intervenções e o uso de câmeras nas fardas dos policiais.
Críticos apontam que a renovada permissão para o uso de helicópteros e a possibilidade de operações em escolas e postos de saúde são preocupantes. O governo estadual já discute os critérios para a implementação do plano de recuperação territorial, que visa conter o controle do tráfico de drogas e oferecer ações sociais. O secretário de Segurança Pública, Victor Cesar dos Santos, afirmou que o plano estratégico deve ser finalizado até o final de maio.
A proposta de recuperação de áreas dominadas pelo crime é comparada às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que falharam em suas promessas. Especialistas alertam que a presença efetiva do Estado nas comunidades é essencial para evitar a repetição de erros do passado. A colaboração com a Polícia Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) é vista como uma medida positiva para enfrentar o crime organizado.
A utilização do Black Hawk e a nova abordagem nas operações policiais geram receios entre os moradores das favelas. A revogação da necessidade de comprovar o caráter excepcional das operações é uma mudança significativa, permitindo que a polícia atue sem avisar previamente o Ministério Público. O secretário de Segurança Pública garantiu que não haverá local no Rio onde as forças policiais não atuarão.
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