16 de mai 2025
Países buscam atrair cientistas americanos diante de cortes em pesquisa nos EUA
Na esteira dos cortes orçamentários do governo Trump, países como França e Canadá investem para atrair cientistas americanos descontentes.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criou incentivos para que pesquisadores dos Estados Unidos se mudem para a Europa. (Foto: Gonzalo Fuentes/AFP via Getty)
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O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, tem promovido cortes significativos nos orçamentos de pesquisa e ciência, gerando descontentamento entre cientistas e acadêmicos. Em resposta, diversos países, incluindo nações da Europa, Canadá e Austrália, estão intensificando esforços para recrutar pesquisadores americanos insatisfeitos, oferecendo incentivos financeiros e oportunidades de trabalho.
A União Europeia anunciou um investimento de € 500 milhões (aproximadamente R$ 2,7 bilhões) nos próximos dois anos para atrair talentos científicos. O presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a necessidade de tornar a Europa um "ímã para pesquisadores". O programa Choose Europe for Science é um dos principais esforços nesse sentido.
Além disso, o Conselho Europeu de Pesquisa (ERC) está dobrando o valor do financiamento inicial para pesquisadores que se mudarem para a Europa, podendo chegar a € 2 milhões (cerca de R$ 10,8 milhões). Essa iniciativa visa ajudar na instalação de laboratórios e equipes de pesquisa, tornando as propostas europeias mais competitivas em relação às dos Estados Unidos.
Outras iniciativas incluem programas específicos de países como a Espanha, que destina € 45 milhões para atrair cientistas americanos, e a Dinamarca, que planeja criar 200 vagas para pesquisadores nos próximos três anos. A Noruega também anunciou um investimento de US$ 9,6 milhões para financiar pesquisadores internacionais.
Enquanto isso, instituições acadêmicas nos Estados Unidos relatam um aumento nas consultas de pesquisadores em busca de oportunidades no exterior. A situação atual tem gerado um debate sobre a fuga de cérebros e a capacidade de outros países de competir com os altos níveis de financiamento de pesquisa dos Estados Unidos.
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