Economia

Petrobras completa dois anos de nova política de preços com estabilidade e desafios

Petrobras celebra dois anos de nova política de preços, garantindo estabilidade, mas com descontos semelhantes ao governo anterior.

Bombas de combustíveis em posto no centro de São Paulo. (Foto: Pedro Affonso/Folhapress)

Bombas de combustíveis em posto no centro de São Paulo. (Foto: Pedro Affonso/Folhapress)

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A Petrobras completou dois anos de sua nova política de preços de combustíveis, que substituiu a paridade de importação por uma abordagem focada no custo alternativo e no valor marginal. A mudança, implementada sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente da estatal Jean Paul Prates, visava estabilizar os preços e atender tanto os consumidores quanto os acionistas.

Desde a adoção dessa política, os preços dos combustíveis apresentaram maior estabilidade, com a estatal recuperando parte do mercado perdido anteriormente. Dados do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) indicam que a Petrobras reduziu os preços do diesel em 20,9% e da gasolina em 4% nas refinarias entre janeiro de 2023 e abril de 2025. No entanto, os preços finais ao consumidor não refletiram essas quedas de forma significativa.

Em 2023, a Petrobras realizou quatro reajustes no preço do diesel, sendo três para baixo e um para cima, em contraste com os ajustes frequentes dos anos anteriores. O preço do diesel nas bombas caiu apenas 0,3%, enquanto o da gasolina aumentou 25,5% no mesmo período. O Ineep atribui essa diferença a fatores como choques geopolíticos e a estrutura do mercado nacional de combustíveis.

Análises e Críticas

Analistas do setor expressam opiniões divergentes sobre a nova política. O analista da Genial, Vitor Sousa, observa que a Petrobras tem seguido razoavelmente os preços de mercado, enquanto Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, critica a falta de transparência da nova abordagem, que pode desestimular novos investimentos no setor de refino.

Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), também aponta a opacidade da política de preços e a necessidade de um "mix" entre as refinarias da Petrobras e importações para garantir a viabilidade das distribuidoras. Ele destaca que a falta de previsibilidade tem gerado dificuldades operacionais.

Apesar das críticas, a Petrobras afirma que sua nova política tem gerado valor e estabilidade, permitindo que a empresa mantenha sua rentabilidade e aumente a produção interna. O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da estatal, Claudio Schlosser, afirma que a empresa conseguiu "abrasileirar" os preços sem se desconectar do mercado global.

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