Política

Câmara dos Deputados avança com medida que pode revogar status de ONGs opositoras

Medida da Câmara dos Representantes permite suspender isenção fiscal de ONGs, levantando preocupações sobre abuso de poder e falta de garantias.

Al Drago/Bloomberg via Getty Images

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O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, está promovendo uma nova medida que permite ao secretário do Tesouro suspender o status de isenção fiscal de organizações não governamentais (ONGs) consideradas "apoiadoras do terrorismo". Essa ação gera preocupações sobre a falta de garantias de devido processo para as entidades afetadas.

A proposta foi inserida na legislação conhecida como “One Big Beautiful Bill Act”, que é uma prioridade do governo. Organizações de diversos setores, incluindo a American Library Association e a Sierra Club, assinaram uma declaração pedindo a remoção da medida, alegando que ela serve como uma ferramenta para silenciar opositores políticos. Cole Leiter, diretor executivo da Americans Against Government Censorship, afirmou que a administração está utilizando todos os meios disponíveis para atacar seus adversários.

A nova disposição permite que o secretário do Tesouro suspenda a isenção fiscal de ONGs que, segundo a administração, tenham fornecido "apoio material" a grupos designados como terroristas. A falta de salvaguardas adequadas para proteger os direitos de devido processo é uma das principais críticas à medida. Kia Hamadanchy, conselheira sênior da ACLU, destacou que já é ilegal apoiar organizações terroristas, e a nova regra confere ao secretário um poder excessivo sem supervisão judicial.

Preocupações com Investigações

Além disso, a administração Trump está sob pressão para identificar grandes corporações e ONGs para investigações civis, conforme um decreto assinado em janeiro. O objetivo é investigar práticas de diversidade e inclusão que a administração considera discriminatórias. Isso inclui potenciais alvos como fundações e universidades com grandes endowments.

A proposta enfrenta um caminho difícil no Congresso, onde líderes republicanos tentam aprová-la por meio de um processo chamado reconciliação orçamentária, que requer apenas uma maioria simples. No entanto, a análise inicial sugere que a medida pode ter um impacto fiscal insignificante, o que levanta a possibilidade de que seja removida do projeto final.

Organizações que se opõem à medida estão se preparando para lutar contra sua aprovação no Senado, caso passe pela Câmara dos Representantes. A situação continua a evoluir, e líderes de ONGs estão em alerta, buscando orientação legal para se protegerem de possíveis investigações e auditorias.

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