Política

Mulheres da geração Z se tornam mais progressistas enquanto homens adotam conservadorismo

Geração Z revela polarização de gênero: mulheres se tornam progressistas enquanto homens se tornam conservadores, impulsionados por bolhas ideológicas.

Alice Evans, pesquisadora de política e gênero do King's College de Londres (Foto: Karime Xavier/Folhapress)

Alice Evans, pesquisadora de política e gênero do King's College de Londres (Foto: Karime Xavier/Folhapress)

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Alice Evans, pesquisadora do King's College, revelou que a geração Z apresenta uma polarização política de gênero no Brasil. Mulheres dessa faixa etária tendem a ser mais progressistas, enquanto homens se mostram mais conservadores. Essa divisão é influenciada por bolhas ideológicas e o crescimento das igrejas evangélicas.

Durante uma entrevista em São Paulo, Evans observou que o uso excessivo de smartphones contribui para essa polarização. As pessoas se isolam em suas câmaras de eco, onde consomem conteúdos que reforçam suas crenças. As mulheres estão se empoderando, enquanto os homens recebem mensagens que associam a ascensão feminina ao fracasso masculino.

No Brasil, o cenário é complexo. O aumento de jovens conservadores, tanto homens quanto mulheres, é impulsionado pela expansão das igrejas evangélicas. Evans destacou que esse conservadorismo não surgiu apenas com o governo de Jair Bolsonaro, mas é parte de um movimento mais amplo que começou antes de sua eleição.

Desigualdade de Gênero

A desigualdade de gênero no Brasil varia entre diferentes classes sociais. Mulheres de baixa renda enfrentam desafios significativos, como a falta de transporte e oportunidades de emprego. Em contraste, mulheres da elite, apesar da disparidade salarial, têm acesso a melhores condições de trabalho e suporte doméstico.

A violência também é um fator crucial. Jovens que crescem em áreas de alta criminalidade podem ver a criminalidade como uma alternativa viável. A falta de confiança no Estado agrava essa situação, tornando difícil para eles se afastarem de comportamentos violentos.

Impacto das Redes Sociais

Evans observou que o acesso a conteúdos globais, como séries feministas, tem influenciado as mulheres a buscar mudanças em suas vidas. Os homens, por outro lado, tendem a consumir conteúdos que reforçam a masculinidade tradicional. Essa diferença de consumo de mídia contribui para a polarização política.

A pesquisadora também mencionou que a baixa taxa de natalidade em alguns países pode estar relacionada a essa polarização. Os jovens estão cada vez mais imersos em suas telas, o que dificulta a socialização e a formação de relacionamentos. Essa realidade pode levar a uma crise de identidade e expectativas em relação ao casamento e à vida familiar.

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