Governadores de direita se unem com Michel Temer para articular candidatura em 2026

O ex-presidente Michel Temer tem promovido uma articulação entre governadores de direita para as eleições de dois mil e vinte e seis. Recentemente, ele se reuniu em Nova Iorque com os governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ronaldo Caiado, de Goiás, para discutir a criação de um programa único de governo. O objetivo é formar uma candidatura que se distancie de Jair Bolsonaro.

Durante o encontro, os governadores expressaram apoio à ideia de unir forças contra o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Tarcísio de Freitas e Caiado fazem parte de um grupo de mandatários que avalia a possibilidade de concorrer à Presidência. Caiado já se posiciona como pré-candidato pelo União Brasil, enquanto Freitas enfrenta pressão para abandonar sua candidatura à reeleição em São Paulo.

Resistência e Desinteresse

A proposta de Temer, que inclui a criação de um novo "Ponte para o Futuro", enfrenta resistência de bolsonaristas e desinteresse entre os governadores. A ideia de um programa único de governo, segundo Temer, deve ser discutida antes da definição dos nomes que comporão a chapa. Ele batizou essa aliança de Movimento Brasil, que tem recebido aceitação entre alguns setores.

No entanto, a reação de figuras ligadas a Bolsonaro foi negativa. Fabio Wajngarten ameaçou lançar uma chapa de extrema direita, enquanto Silas Malafaia sugeriu que, sem Bolsonaro, a candidata deveria ser Michelle. Tarcísio de Freitas, por sua vez, afirmou que não existe direita sem Bolsonaro, o que levou Temer a recuar e considerar a participação do ex-presidente na frente de centro-direita.

Cenário Político

A articulação de Temer revela um cenário político complexo, onde a direita brasileira busca se reorganizar. A discussão sobre a candidatura de Tarcísio de Freitas, que poderia representar uma nova imagem, destaca a tensão entre os diferentes grupos dentro da direita. A falta de entusiasmo entre os governadores para um novo "Ponte para o Futuro" indica que a estratégia de Temer ainda precisa de ajustes para conquistar apoio mais amplo.