19 de mai 2025
Governos de Lula e Tarcísio firmam acordo para reassentamento de famílias do Moinho
A favela do Moinho, em São Paulo, será desocupada após acordo entre os governos Lula e Tarcísio, que prevê reassentamento de 800 famílias.
Vista aérea da favela do Moinho, na região central de São Paulo (SP) (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)
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A favela do Moinho, localizada no centro de São Paulo, passará por um processo de reassentamento de 800 famílias após um acordo entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos). O entendimento foi firmado na última quinta-feira, 15 de maio de 2025, e visa oferecer financiamento de até R$ 250 mil para a compra de imóveis, além de um auxílio-moradia de R$ 1.200 durante a transição.
A área, que enfrenta problemas históricos de infraestrutura e violência, será transformada em um parque. O terreno pertence à União, mas sua regularização era inviável devido à proximidade de linhas férreas, o que representa riscos para os moradores. O governo paulista estima que 90% dos moradores aceitaram a proposta, e 180 famílias já deixaram o local.
O plano de reassentamento inclui subsídios significativos, com a União arcando com R$ 180 mil e o estado com R$ 70 mil por família. No entanto, há preocupações sobre a disponibilidade de imóveis adequados, já que apenas cerca de 100 unidades estão prontas ou em construção na região central.
Desdobramentos e Críticas
As operações de remoção na favela também estão ligadas a ações contra o tráfico de drogas na chamada "cracolândia", que se localiza a cerca de 1,5 km do Moinho. O governo estadual, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), busca desapropriar imóveis utilizados para atividades ilícitas. A estratégia inclui a dispersão de usuários de drogas, que, segundo especialistas, pode resultar em violência policial e deslocamento forçado para outras áreas.
A gestão de Tarcísio de Freitas e do prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem sido criticada por sua abordagem, que muitos consideram uma forma de "higienização" urbana. A expectativa é que a revitalização do centro atraia novos investimentos e moradores, mas há receios de que as medidas possam agravar a situação de vulnerabilidade social.
O acordo entre os governos é visto como um passo positivo, mas a eficácia das ações e o impacto sobre a comunidade ainda são incertos. A transferência da sede administrativa do governo para a região central é parte do plano de revitalização, que busca melhorar a infraestrutura e a qualidade de vida na área.
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