18 de mai 2025
Slavoj Žižek critica o progresso e defende um comunismo global em novo livro
Žižek critica a cultura de cancelamento e defende um comunismo global em meio a crises emergenciais, questionando a eficácia da democracia.
El filósofo esloveno Slavoj Žižek em Londres, em outubro de 2024. (Foto: Jeff Gilbert / Alamy/CORDON PRESS)
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Slavoj Žižek, filósofo esloveno de 76 anos, expressou seu pessimismo sobre a democracia em uma entrevista recente. Ele criticou a cultura de cancelamento e defendeu um comunismo que promova a cooperação internacional. A conversa ocorreu por videoconferência, onde Žižek abordou temas como a emergência global e a ascensão de novas direitas populistas.
Em seu novo livro, Contra o progresso, Žižek alerta sobre os perigos que se escondem sob a noção de progresso. Ele argumenta que a nova direita populista, representada por figuras como Donald Trump, está realizando uma revolução que altera o capitalismo. Para ele, a esquerda deve repensar suas estratégias, abandonando a ideia de que o neoliberalismo é um erro a ser corrigido.
Žižek também se posicionou sobre a eficácia da democracia em tempos de crise. Ele acredita que, em situações de emergência, as pessoas tendem a aceitar decisões mais rápidas e centralizadas, mesmo que isso signifique abrir mão de algumas liberdades. O filósofo sugere que, para enfrentar crises como a ecológica e a nuclear, é necessário um controle coletivo mais forte, que não se limite ao Estado-nação.
Além disso, Žižek criticou a cultura woke, afirmando que a prática da cultura de cancelamento, que deveria promover inclusão, acaba excluindo vozes que não se alinham com suas definições. Ele enfatizou que a verdadeira violência nas relações pode ocorrer mesmo com consentimento, destacando a complexidade do debate sobre consentimento e prostituição.
Por fim, o filósofo revelou seu temor em relação ao envelhecimento e à morte, afirmando que prefere trabalhar até o fim. Ele expressou sua aversão à ideia de uma morte lenta, desejando um fim mais abrupto e sem dor.
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