Viagem de Janja à Rússia gera controvérsia e provoca críticas da oposição

A viagem antecipada da primeira-dama Janja da Silva à Rússia gerou polêmica e críticas da oposição. Janja chegou ao país no dia 3 de maio, quatro dias antes do presidente Lula, que desembarcou no dia 7. A situação levou à abertura de três requerimentos no Congresso, questionando os gastos e a necessidade da viagem.

Os requerimentos foram enviados ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, e incluem solicitações de informações sobre a quantidade de acompanhantes de Janja, a existência de um relatório de despesas e a coordenação da visita com o Itamaraty. O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) destacou que a agenda da primeira-dama não foi integrada à da comitiva presidencial, levantando dúvidas sobre a justificativa da viagem.

O Partido Novo também se manifestou, argumentando que Janja não ocupa um cargo oficial e não deveria utilizar recursos públicos para uma viagem que, segundo eles, não possui justificativa. A agenda de Janja incluía participação em um evento sobre a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, além de encontros com a comunidade brasileira e uma visita ao Kremlin.

Outro requerimento, apresentado pelo deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), pede relatórios detalhados sobre as despesas da viagem. Nos últimos meses, as viagens de Janja e os gastos do governo em comitivas têm sido alvo de críticas, especialmente em comparação com o governo anterior de Jair Bolsonaro. Os gastos do governo Lula em viagens oficiais já superam os do governo anterior, intensificando a estratégia da oposição para questionar a administração atual.