Política

Banco Central discute PEC para garantir autonomia financeira e orçamentária

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, se reuniu com senadores para discutir ajustes na PEC que visa autonomia financeira da instituição.

Reunião do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, com senadores e diretores sobre a PEC que dá autonomia financeira à instituição (Foto: Divulgação)

Reunião do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, com senadores e diretores sobre a PEC que dá autonomia financeira à instituição (Foto: Divulgação)

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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, se reuniu nesta terça-feira (20) com senadores para discutir ajustes na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa garantir autonomia financeira à instituição. O encontro contou com a presença dos senadores Plínio Valério (PSDB-AM), relator da PEC, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), autor da proposta, e Otto Alencar (PSD-BA), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Um dos principais pontos debatidos foi a responsabilidade do Senado em autorizar o Banco Central a exceder o teto de despesas com pessoal. A autarquia defende que essa competência deveria ser do Conselho Monetário Nacional (CMN), que inclui os ministros da Fazenda e do Planejamento, além do presidente do BC. O texto da PEC também busca classificar o Banco Central como uma entidade de natureza especial, afastando a ideia de privatização.

Debate sobre o Regime dos Servidores

A questão do regime dos servidores do Banco Central continua a gerar divergências. Galípolo optou por não tomar partido, deixando a decisão nas mãos dos parlamentares. A mudança proposta implica que os servidores deixariam de ser regidos pelo Regime Jurídico Único (RJU) e passariam a ser empregados públicos sob a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O relator da PEC, Plínio Valério, destacou a necessidade de preservar a estabilidade dos funcionários, mesmo com a alteração na natureza jurídica.

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) se opõe à proposta, enquanto a Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB) vê a PEC como uma oportunidade de fortalecer a instituição. Valério afirmou que o Banco Central precisa de mais liberdade orçamentária para cumprir suas funções, como as novas funcionalidades do Pix.

Avanços na PEC

O autor da PEC, Vanderlan Cardoso, acredita que as pendências são mínimas e que o projeto deve avançar em breve. Ele ressaltou a disposição dos senadores em fazer a proposta andar. O presidente da CCJ, Otto Alencar, comprometeu-se a colocar o tema em pauta assim que o relatório final estiver pronto. Galípolo deve apresentar sugestões formais em até dez dias, o que pode reaquecer o debate sobre a autonomia financeira do Banco Central, que está estagnada desde 2022.

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