21 de mai 2025

Fluxo de usuários volta à Cracolândia após decretos de fim de gestões anteriores
Avanços na Cracolândia geram ceticismo; novos pontos de aglomeração surgem no Centro de São Paulo, desafiando estratégias de combate ao vício.
Foto:Reprodução
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A Cracolândia, um dos principais pontos de uso de drogas em São Paulo, continua a ser um desafio para as autoridades. O governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes anunciaram avanços na redução do fluxo de usuários na Rua dos Protestantes, mas novos pontos de aglomeração estão surgindo no Centro.
Durante uma entrevista no dia 12, Tarcísio afirmou que a Cracolândia vai acabar. O prefeito Nunes também celebrou os avanços, mas a história de promessas semelhantes no passado gera ceticismo. Com a dispersão dos usuários, novas concentrações estão sendo observadas em locais como a esquina da Rua Helvétia com a Avenida São João e na Praça Princesa Isabel.
As estratégias para lidar com o problema variaram entre as gestões, desde políticas de redução de danos até abordagens mais agressivas. Atualmente, a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar estão atuando na região, com ações que incluem a abordagem de usuários e a oferta de assistência social. No entanto, relatos indicam que essa pressão resultou em um "sufocamento", levando os dependentes a se deslocarem para outras áreas.
Na última segunda-feira, grupos de usuários foram vistos em locais como a Rua Santa Ifigênia e o Largo General Osório. A presença constante de agentes de segurança tem feito com que esses grupos se dispersem rapidamente, mas eles retornam assim que a vigilância diminui. O vice-prefeito coronel Mello Araújo destacou que a estratégia atual envolve a abordagem dos usuários e a oferta de tratamento.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, expressou sua oposição à pulverização dos usuários, defendendo uma abordagem concentrada. A história das operações na Cracolândia remonta a 2012, com diferentes gestões adotando táticas variadas, mas sem resolver o problema de forma definitiva. Especialistas alertam que, para uma solução eficaz, é necessário abordar as causas subjacentes do vício, como traumas e exclusão social.
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