22 de mai 2025



Bolsonaro enfrenta desafios com depoimento de ex-comandante da Aeronáutica
Ex comandante da Aeronáutica revela plano golpista de Bolsonaro, complicando a situação do ex presidente e de altos oficiais militares.
Foto:Reprodução
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O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 25 de outubro, confirmando a existência de uma suposta trama golpista liderada por Jair Bolsonaro para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O depoimento, considerado "esclarecedor" e "preciso", trouxe novos desdobramentos à investigação.
Durante a oitiva, Baptista Junior relatou que participou de reuniões no Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro discutiu um plano para manter-se no poder. Ele também mencionou que o ex-comandante do Exército, Freire Gomes, ameaçou Bolsonaro com prisão caso o plano fosse executado. "Se o senhor tiver que fazer isso, vou acabar lhe prendendo," afirmou o brigadeiro, em contraste com a versão de Freire Gomes, que negou ter feito tal ameaça.
Confirmações e Implicações
O ex-comandante da Aeronáutica destacou que o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, ofereceu as tropas à disposição de Bolsonaro. Baptista Junior enfatizou que "a Marinha tem 14 mil fuzileiros," referindo-se ao apoio militar que poderia ser mobilizado. Essa confirmação complica a situação tanto de Bolsonaro quanto de Garnier, que já enfrentam investigações.
O depoimento de Baptista Junior foi visto como um ponto crucial para a investigação, especialmente após as contradições apresentadas por Freire Gomes. Ministros do STF elogiaram a seriedade do brigadeiro, que se mostrou firme e coerente em suas declarações. A divergência nas versões dos altos comandos militares pode ter repercussões significativas para a estabilidade institucional do Brasil.
Desdobramentos da Investigação
Além de incriminar Bolsonaro e Garnier, Baptista Junior também "aliviou" a situação do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, ao retificar sua participação em reuniões sobre a trama golpista. O ex-comandante afirmou que não tinha certeza sobre a presença de Torres em discussões que buscavam justificar medidas de exceção.
A audiência foi marcada por um clima de tensão, refletindo a gravidade das acusações. Baptista Junior reiterou a importância de um consenso nas Forças Armadas, afirmando que "nada pode ser tão pior para as Forças Armadas que não ter uma postura de consenso." O depoimento é um passo importante para esclarecer os eventos que cercaram a transição de governo e as ameaças à democracia brasileira.
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