23 de mai 2025
Brasil busca liderar transição climática com investimentos em soluções sustentáveis
Brasil se prepara para a COP 30 em Belém, destacando avanços na redução do desmatamento e na mobilização de recursos para a transição climática.
Parque eólico no Rio Grande do Norte; com matriz energética limpa, Brasil pode liderar em um mundo de baixas emissões de carbono (Foto: Jf Diorio/Estadão)
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O Brasil se prepara para a COP-30, marcada para novembro em Belém, com a meta de se consolidar como líder na agenda climática global. O país anunciou uma redução significativa no desmatamento, com uma queda de 32% em 2024, segundo o MapBiomas. Essa redução é resultado de uma mobilização interministerial e planos específicos para biomas, especialmente na Amazônia e no Cerrado.
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, destacou que a redução do desmatamento impacta diretamente nas emissões de gases de efeito estufa. O Brasil também se comprometeu a restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, o que pode capturar até 16 gigatoneladas de CO₂. Além disso, o país visa recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas com práticas de agricultura regenerativa.
Mobilização Financeira
A lacuna de financiamento climático no Brasil pode chegar a US$ 200 bilhões por ano até 2030. Para enfrentar esse desafio, lideranças do governo, setor privado e sociedade civil se reunirão no Rio de Janeiro na próxima semana para o Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza. O objetivo é alinhar os fluxos financeiros globais às prioridades de desenvolvimento do Brasil, promovendo uma economia regenerativa e de baixo carbono.
O Brasil possui uma matriz elétrica renovável de 88%, destacando-se na produção de energia solar e eólica. O país também é um líder em biocombustíveis, com o setor de bioenergia empregando mais de 2 milhões de pessoas. Para que esse potencial seja totalmente explorado, é necessário um aumento nos investimentos estratégicos, especialmente da filantropia, que destinou apenas US$ 100 milhões ao Brasil em 2023.
Desafios e Oportunidades
Capobianco enfatizou que o Brasil pode se tornar a primeira nação carbono negativa do mundo, aproveitando seus ativos naturais. A exploração de petróleo continua a ser uma questão debatida, com a necessidade de garantir que as operações sejam seguras e sustentáveis. A COP-30 é vista como uma oportunidade para implementar ações concretas e avançar nas metas climáticas, com o Brasil atuando como um catalisador de soluções para a crise climática global.
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