Metroviários de São Paulo aceitam proposta e garantem funcionamento do Metrô

Os metroviários de São Paulo decidiram aceitar a proposta do governo estadual, evitando uma greve prevista para a próxima terça-feira (27). A votação, realizada na noite de quinta-feira (22), resultou em 79,16% de aprovação entre os 2.196 trabalhadores que participaram. A proposta inclui 5,01% de reposição salarial e a extensão do acordo coletivo por mais dois anos.

A assembleia ocorreu na nova sede do Sindicato dos Metroviários, no Belém, zona norte da capital. Durante a leitura da proposta do governo Tarcísio de Freitas, a presidente do sindicato, Camila Lisboa, enfatizou a importância da aprovação. "Nós defendemos que essa proposta é excelente", afirmou, destacando a necessidade de manter os direitos dos trabalhadores.

A proposta do Metrô foi enviada apenas duas horas antes da assembleia. O reajuste salarial será dividido em 4,01% a ser aplicado imediatamente e 1% destinado ao plano de saúde da categoria. Além disso, o acordo salarial, que havia vencido em abril, será renovado até maio de 2026.

Críticas à Privatização

Apesar do avanço nas negociações, os metroviários expressaram preocupações sobre a privatização das linhas do metrô. Durante a assembleia, críticas foram feitas aos planos do governo, com Camila Lisboa mencionando uma "guerra" contra a privatização. "Vamos enfrentar os planos de privatização do governador Tarcísio," disse, ressaltando a importância de manter o acordo coletivo.

O governo estadual está desenvolvendo um plano de expansão do transporte, enquanto considera a privatização da gestão das linhas atualmente sob administração pública. Essa questão já havia sido debatida em assembleias anteriores, refletindo a tensão entre os interesses dos trabalhadores e as políticas do governo.

A nova sede do sindicato, inaugurada recentemente, simboliza a união da categoria em um momento de incertezas. Os metroviários continuam mobilizados e atentos às mudanças que podem impactar seus direitos e condições de trabalho.