Xaud, futuro presidente da CBF, é alvo de cinco ações trabalhistas

Samir Xaud, médico e candidato único à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), será eleito no próximo domingo, dia 25. Ele assume o cargo após o afastamento de Ednaldo Rodrigues, que enfrentou acusações de irregularidades.

Xaud, que também preside a Federação Roraimense de Futebol, enfrenta processos trabalhistas relacionados a dívidas de sua antiga empresa, uma loja de móveis em Boa Vista. Os processos, que ocorreram entre 2016 e 2017, resultaram em bloqueio de bens e acordos não cumpridos, totalizando ao menos R$ 24 mil em pagamentos. O futuro presidente da CBF nega qualquer irregularidade e afirma ter atuado de forma ética.

Processos e Acusações

Os processos trabalhistas envolvem reclamações de ex-funcionários que alegam não ter recebido salários e benefícios devidos. Xaud argumenta que já havia vendido a empresa quando as ações foram protocoladas, mas a Justiça não acatou sua defesa, considerando sua responsabilidade solidária como sócio.

Além dos processos trabalhistas, Xaud também é alvo de investigações por improbidade administrativa. Ele é acusado de simular serviços durante sua gestão no Hospital Geral de Roraima, resultando em um prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. O médico nega as acusações e afirma que não há indícios de irregularidades.

Apoio e Candidatura

Com o apoio de 25 federações estaduais e 10 clubes, Xaud se destacou como o único candidato viável à presidência da CBF. Sua candidatura foi aprovada pela comissão eleitoral, que garantiu a lisura do processo. O apoio majoritário impediu a inscrição de outras chapas, como a de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol.

Xaud, que assume a presidência da CBF em um momento conturbado, promete focar na ética e na transparência em sua gestão. A eleição, marcada para o próximo domingo, será um marco para o futebol brasileiro, que busca renovação e estabilidade após um período de crises.