Janja se desculpa por ofensa a Musk e nega intenção de candidatura

A primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, fez comentários polêmicos em uma entrevista ao podcast "Se ela não sabe, quem sabe?", da Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira (23). Ao ser questionada sobre o uso de maquiador em viagens, Janja ironizou sua antecessora, Michelle Bolsonaro, afirmando que não precisa de ajuda para se arrumar. "Não sou essas, você está confundindo a primeira-dama", disse, referindo-se ao estilo de Michelle, que frequentemente era acompanhada por um maquiador.

Durante a conversa, Janja também abordou sua experiência em eventos internacionais e criticou o TikTok, o que gerou desconforto em uma recente viagem à China. Ela defendeu seu comentário, afirmando que não houve quebra de protocolo e que não pode ser silenciada em compromissos oficiais. "Não sou um biscuit de porcelana", afirmou, destacando sua intenção de participar ativamente das discussões.

Janja expressou arrependimento por um xingamento dirigido ao empresário Elon Musk durante o G20, mas ressaltou que não se arrepende do conteúdo da crítica. "Não é da fala que me arrependo, mas do momento", declarou. A primeira-dama também comentou sobre a importância de discutir a regulamentação das redes sociais, citando casos trágicos envolvendo crianças e desafios virais.

Participação Política

Apesar de seu estilo participativo, Janja descartou a possibilidade de seguir uma carreira política. Ela enfatizou que deseja aproveitar a vida ao lado de seu marido, Luiz Inácio Lula da Silva, após seu mandato. "Quando tudo isso terminar, eu quero pegar meu marido pelo braço e sair por aí com ele", afirmou, referindo-se ao tempo que passaram separados durante a prisão de Lula.

Janja também falou sobre seu papel no cotidiano do presidente, mencionando que a monitora sua saúde e bem-estar. Ela não minimiza comentários machistas de Lula e se posiciona contra declarações inadequadas. "Eu não passo pano para ele", disse, ressaltando a importância de manter um diálogo aberto.

A primeira-dama, que foi a única a participar da reunião do G20 ao lado de líderes mundiais, reafirmou seu compromisso em dialogar e contribuir nas discussões políticas, mesmo sem pretender se candidatar a cargos públicos no futuro.