Monumento a Stalin gera polêmica em Moscou com reações divergentes da população

Um novo monumento ao ditador soviético Joseph Stalin foi inaugurado na estação de metrô Taganskaya, em Moscovo, no dia 15 de maio. A escultura em tamanho real retrata Stalin em Praça Vermelha, cercado por cidadãos soviéticos que o admiram. A instalação gera polêmica, com alguns a considerando uma homenagem histórica, enquanto outros a veem como um tributo a um tirano.

O monumento é uma recriação de uma obra que foi inaugurada na mesma estação em 1950, três anos antes da morte de Stalin. O metrô de Moscovo informou que o monumento original foi "perdido" em 1966 durante uma reconfiguração da estação. A nova obra foi apresentada como um dos "presentes" do metrô para marcar o 90º aniversário do sistema de transporte.

Stalin é uma figura controversa na história russa, responsável pela execução de quase 700 mil pessoas durante o Grande Terror de 1937-1938 e pela repressão de muitos outros cidadãos, que foram enviados a campos de trabalho forçado, conhecidos como gulags. Apesar disso, alguns cidadãos defendem sua memória. O residente Yevgeny Ivanov afirmou que "ele criou muito" e que é importante respeitar o que Stalin fez.

Por outro lado, a filial moscovita do partido liberal Yabloko protestou contra a instalação, chamando-a de "retorno a um monumento a um tirano". O partido pediu que o metrô se concentrasse em homenagear as vítimas das repressões de Stalin. O clima atual na Rússia, em meio a tensões com o Ocidente, é comparado por especialistas a períodos do passado, refletindo uma ideologia conservadora e um apelo à confiança no líder.