26 de mai 2025
Grupo afirma que protestos por moradia em SP são preparação para ato maior
Moradores de ocupações em São Paulo bloqueiam vias em protesto contra despejos. A Luta Popular Nacional organiza ações em defesa das famílias ameaçadas.
Foto:Reprodução
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Os protestos de moradores de ocupações em São Paulo pararam importantes vias da cidade na manhã de hoje. A Luta Popular Nacional organizou manifestações na Marginal Pinheiros e na avenida Aricanduva, em resposta a pedidos de reintegração de posse e remoções forçadas.
Na Marginal Pinheiros, moradores da favela do Areião, localizada no bairro do Jaguaré, se mobilizaram contra a remoção de 300 famílias. Com faixas que clamavam "luta contra os despejos", os manifestantes destacaram a urgência da situação. A Luta Popular Nacional afirmou que a luta é em defesa das vidas dos moradores de áreas vulneráveis. A favela, que ocupa uma área de 1.800 metros quadrados, abriga atualmente cerca de 5 mil famílias, segundo estimativas do movimento.
A Secretaria Municipal de Habitação informou que a ocupação está em área de risco, sob linhas de transmissão elétrica. Em 2020, as famílias teriam aceitado um auxílio aluguel para desocupar a área, mas não cumpriram o acordo. A Enel, proprietária do terreno, confirmou que há um processo judicial em andamento para a reintegração de posse.
Ocupações em Foco
O segundo protesto ocorreu nas ocupações Jorge Hereda e Terra Prometida, na zona leste. Na Cidade Líder, cerca de 800 famílias estão ameaçadas de despejo, enquanto na Terra Prometida vivem aproximadamente 300 famílias. A Justiça já autorizou a reintegração na ocupação Jorge Hereda, que está em debate desde 2024. A Defensoria Pública da União destacou que o local estava abandonado há 30 anos antes da ocupação.
As manifestações foram marcadas pela intervenção do batalhão de choque da Polícia Militar, que utilizou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. A Secretaria de Segurança Pública afirmou que a ação visou manter a ordem e liberar as vias.
A Luta Popular Nacional anunciou que as manifestações de hoje foram um "esquenta" para um ato unificado programado para o dia 11 de junho. A organização reafirmou que a cidade pertence a todos e que não podem ser tratados como "entulho".
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