Lula nomeia embaixadora da juventude na COP30 e defende justiça climática

Marcele Oliveira, embaixadora da juventude climática, defendeu o fim da escala de trabalho 6 por 1 como parte da luta por justiça climática. A declaração foi feita durante o II Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza, realizado no Rio de Janeiro. Segundo Marcele, menos de 1% do financiamento climático das grandes filantropias é destinado à juventude, o que limita a participação dos jovens nas discussões sobre soluções climáticas.

A jovem de 25 anos, escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizou a importância de incluir a juventude nas pautas climáticas. "Para falarmos sobre soluções climáticas, precisamos tratar sobre a juventude," afirmou. Marcele, que atua na Coalizão Clima de Mudança e dirige a organização Perifalab, também mencionou a necessidade de uma agenda que aborde cultura e mobilização territorial.

Proposta de Emenda à Constituição

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa alterar a distribuição de dias trabalhados ainda não avançou no Congresso. A proposta, apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), busca reduzir a carga horária semanal para 36 horas, permitindo um modelo de quatro dias de trabalho. Atualmente, a Constituição assegura um expediente de até 44 horas semanais.

A PEC foi protocolada em fevereiro, mas ainda não foi analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Para ser aprovada, a proposta precisa do apoio de 308 deputados e 49 senadores em dois turnos, além de passar por votações em comissões.

Juventude e Mudanças Climáticas

O Campeão Climático da Juventude, criado na COP28, tem como objetivo aumentar a participação da juventude nos debates ambientais. Marcele Oliveira, que já participou de conferências climáticas desde a COP no Egito, será uma das representantes na conferência que ocorrerá em Belém em novembro. "Falar de crise climática não é um assunto para amanhã," concluiu Marcele, ressaltando a urgência da questão.