Novo presidente do INSS enfrenta resistência logo após assumir cargo em meio à crise

Em resposta ao escândalo de descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas, o Ministério da Previdência e o INSS anunciaram que, a partir do dia 30, agências dos Correios atenderão segurados sem acesso à tecnologia. O objetivo é permitir que essas pessoas verifiquem se foram lesadas e solicitem o ressarcimento.

Até o momento, o INSS recebeu cerca de 2 milhões de respostas de aposentados e pensionistas, com 98% dos entrevistados afirmando que não autorizaram os descontos e pedindo a devolução dos valores. O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, destacou que a nova medida visa atender aqueles que preferem um atendimento presencial, em vez de utilizar o aplicativo Meu INSS.

Críticas e Desafios

A implementação do atendimento pelos Correios não ocorreu sem controvérsias. A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, expressou insatisfação com a proposta inicial do novo presidente do INSS, Gilberto Waller Junior. Ela apontou que faltavam detalhes essenciais sobre os próximos passos após o atendimento nas agências.

Além disso, a Casa Civil já havia manifestado preocupações sobre o bloqueio de empréstimos consignados, que, segundo o ministério, ocorreu devido a uma combinação de rigor na fiscalização e problemas técnicos. A nova direção do INSS enfrenta críticas também da Secretaria de Comunicação da Presidência, que exige respostas mais eficazes e coordenadas.

Próximos Passos

Com a abertura desse novo canal de atendimento, o governo busca mitigar os impactos do escândalo e garantir que os aposentados e pensionistas possam recuperar os valores devidos. A expectativa é que a medida traga mais transparência e confiança ao sistema previdenciário, ao mesmo tempo em que se busca responsabilizar os envolvidos nas irregularidades.