26 de mai 2025
Refugiado impede ataque a faca enquanto Alemanha fecha fronteiras para imigrantes
Ataque em Hamburgo deixa 18 feridos; refugiado sírio impede agressão e recebe reconhecimento da polícia. Tensão sobre imigração aumenta na Alemanha.
Foto:Reprodução
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Na última sexta-feira (23), um ataque a faca em Hamburgo deixou 18 pessoas feridas. A agressora, uma mulher de 39 anos, foi contida por Muhammad al Muhammad, um refugiado sírio de 19 anos, e um homem tchetcheno, que permanece anônimo. O ato de bravura de Muhammad rendeu-lhe um cappuccino da polícia.
O ataque ocorreu na estação central de trem, onde a mulher, armada com uma faca, começou a esfaquear os passageiros aleatoriamente. Muhammad, ao ver a multidão em pânico, decidiu agir e imobilizou a agressora, pressionando suas mãos contra a mochila para evitar que ela se levantasse. A mulher, identificada como alemã, tinha histórico de problemas mentais, mas não havia registros de violência anterior.
Este incidente ocorre em um contexto de crescente tensão na Alemanha, após um ataque semelhante em Solingen, em agosto do ano passado, onde um refugiado sírio matou três pessoas. O ataque de Solingen provocou uma onda de reações anti-imigratórias, resultando em mudanças nas leis de segurança pública e um aumento na popularidade do partido de extrema direita, AfD.
Reações e Consequências
A resposta do governo, liderado pelo primeiro-ministro Friedrich Merz, tem sido de endurecimento das políticas de imigração. Embora a deportação em massa não esteja nos planos, o controle de fronteiras e a flexibilização das leis de asilo são temas recorrentes nas discussões políticas. O ataque de Solingen, que resultou em um julgamento em andamento, levantou questões sobre como o agressor conseguiu entrar na Alemanha, apesar de ter seu pedido de refúgio negado.
Muhammad, em entrevista, expressou sua satisfação por ter ajudado a conter a agressora, afirmando que ficou "muito feliz" com a sua ação. O ferido mais grave do ataque em Hamburgo passou por cirurgia e não corre mais risco de morte. O Ministério Público ainda decidirá como proceder com o caso da mulher, que foi internada em uma instituição de saúde mental.
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