Governo dos EUA suspende entrevistas para visto de estudante em embaixadas

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, anunciou nesta terça-feira, 27, a suspensão do agendamento de vistos para estudantes estrangeiros em embaixadas ao redor do mundo. A medida ocorre em meio a uma disputa com a Universidade Harvard, que já havia sido temporariamente proibida de matricular alunos internacionais por alegações de discriminação racial e antissemitismo. A decisão judicial que reverteu essa proibição não impediu novas ações do governo.

O Departamento de Estado instruiu as seções consulares a interromperem a adição de “qualquer capacidade adicional de agendamento de visto de estudante ou visitante de intercâmbio” até que novas orientações sejam emitidas. Essa revisão dos processos de triagem inclui a análise de redes sociais dos candidatos, o que pode atrasar o processamento de vistos e impactar negativamente as universidades americanas, frequentemente acusadas de serem “woke”.

Além disso, o governo Trump planeja cancelar todos os contratos federais com Harvard, que somam cerca de US$ 100 milhões. Uma carta do comissário do serviço de aquisição federal, Josh Gruenbaum, alega que a universidade discrimina candidatos com base em raça e não cumpre ordens da Suprema Corte. A carta menciona dados do caso Students for Fair Admissions v. Harvard, que mostram disparidades nas taxas de admissão por raça.

O documento também orienta agências federais a buscarem fornecedores alternativos a Harvard. A tensão entre o governo e a universidade aumentou após Harvard não atender a uma lista de demandas da Casa Branca. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, afirmou que a instituição teve “oportunidades de fazer a coisa certa”, mas não o fez.