Lucros da presidência de Trump geram milhões para sua família e se tornam rotina

Hillary Clinton e Donald Trump têm em comum a controvérsia sobre lucros durante suas respectivas presidências. Enquanto Clinton enfrentou um escândalo em 1994 por um investimento em gado, Trump agora é criticado por lucrar com sua posição, desafiando normas éticas.

Recentemente, Trump recebeu um jato de luxo do Catar, avaliado em US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão), e arrecadou US$ 320 milhões (R$ 1,8 bilhão) com uma criptomoeda. A indignação pública sobre suas ações éticas parece ter diminuído, apesar de uma pesquisa indicar que 62% dos americanos veem preocupações éticas em relação ao presente do Catar.

Jeff Bezos concordou em financiar um documentário sobre Melania Trump, que pode render US$ 28 milhões (R$ 158 milhões) para ela. Esse valor é 280 vezes o lucro de Clinton em seu escândalo. A Casa Branca defende que Trump está cumprindo as leis de conflito de interesse, embora especialistas questionem essa afirmação.

Trump, o primeiro presidente condenado criminalmente, tem ignorado limites éticos e desmantelado mecanismos de responsabilização. Paul Rosenzweig, ex-conselheiro do governo, sugere que a falta de reação do público pode indicar uma mudança na percepção sobre corrupção.

Os republicanos, que investigaram Hunter Biden por lucros relacionados ao sobrenome, não demonstram interesse em investigar os negócios da família Trump. A normalização de práticas de enriquecimento durante a presidência de Trump levanta questões sobre a ética no governo e o impacto na política americana.