Lula afirma que seca no sertão foi planejada para sua chegada ao poder

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira que "Deus deixou o sertão sem água" para que ele pudesse trazer recursos à região. A declaração foi feita durante a entrega do 1º Trecho do Ramal do Apodi, na Barragem Redondo, na Paraíba, parte do plano de transposição do Rio São Francisco. Lula destacou que a obra, que se arrasta há 179 anos, finalmente está sendo realizada sob sua gestão.

Durante o evento, o presidente anunciou iniciativas voltadas para a população, como programas de crédito para reforma de moradias, financiamento de motocicletas e a redução do preço do gás de cozinha. Essas medidas visam reverter a queda de popularidade do governo e foram discutidas no Palácio do Planalto nos últimos meses, embora ainda não tenham uma data definida para lançamento.

Lula criticou o preço do gás de cozinha, que chega a R$ 140 em alguns estados, e prometeu facilitar o acesso ao produto para os mais pobres. Ele ressaltou que a Petrobras vende o gás a R$ 37, e que essa disparidade é inaceitável. O presidente também se comprometeu a viajar pelo Brasil para divulgar essas novas políticas.

Críticas ao Governo Anterior

Em seu discurso, Lula não poupou críticas ao governo anterior, afirmando que o Brasil "nunca mais terá um presidente negacionista". Ele se referiu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sem citá-lo diretamente, mencionando a desinformação durante a pandemia de Covid-19. O presidente enfatizou a importância de um governo que priorize a educação e o desenvolvimento social.

O evento foi marcado por aplausos e apoio ao presidente, que reafirmou seu compromisso com a saúde, educação e emprego. Lula também destacou que a conclusão da transposição só será efetiva quando a água chegar às casas da população, pedindo colaboração dos governos estaduais e municipais para garantir o acesso à água tratada.