29 de mai 2025
Cabrera critica governo Lula e defende protagonismo do agronegócio brasileiro no mundo
Cabrera critica o governo Lula por ações contra o agronegócio e defende a Ferrogrão como essencial para a soberania alimentar do Brasil.
Cabrera afirma que, hoje, o Brasil tem um protagonismo na geopolítica com a produção de alimentos, mas a nossa ficha ainda não caiu. (Foto: Arquivo Pessoal/Antonio Cabrera)
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Antonio Cabrera Mano Filho, empresário e veterinário, criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suas ações que, segundo ele, são prejudiciais ao agronegócio. Em entrevista ao Estadão, Cabrera afirmou que a maioria das decisões do governo é contrária ao setor, destacando a importância da produção de alimentos para a soberania nacional.
Cabrera, que tem uma longa trajetória no agronegócio, defendeu a Ferrogrão, uma ferrovia projetada para facilitar o escoamento de grãos do Centro-Oeste até o porto de Miritituba, no Pará. Ele considera o projeto essencial para a logística agrícola e um exemplo de descarbonização, afirmando que a Ferrogrão poderia reduzir em 77% as emissões de CO² do transporte rodoviário.
O empresário também criticou as declarações de Lula sobre o uso de defensivos agrícolas, afirmando que o presidente não compreende a realidade do agronegócio. Cabrera ressaltou que o Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos e que a produção não pode ser vista como negativa. Ele argumentou que o país utiliza apenas 8% de seu território para a agricultura, comparando com países que usam uma porcentagem muito maior.
Críticas ao Governo
Cabrera destacou que o governo Lula deveria aproveitar a COP 30, em 2025, para apresentar a história do agronegócio brasileiro, que, segundo ele, está sendo distorcida internacionalmente. Ele criticou a resistência do governo em adotar o marco temporal para terras indígenas, que considera fundamental para a segurança jurídica do setor.
Além disso, o empresário mencionou que o governo zerou as alíquotas de importação de alimentos, uma medida que, segundo ele, demonstra a competitividade do agronegócio brasileiro. Cabrera também abordou a relação do governo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirmando que Lula escolheu apoiar o movimento, que, segundo ele, não busca a reforma agrária, mas sim uma revolução agrária.
Cabrera concluiu que a questão alimentar se tornou uma questão de poder global e que o Brasil deve capitalizar sua posição no cenário internacional. Ele enfatizou que o agronegócio é crucial para a economia e a redução da desigualdade social em várias regiões do país.
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