29 de mai 2025

Gleisi critica falta de detalhes do ministro sobre aumento do IOF
Aumento do IOF gera crise no governo; Gleisi Hoffmann critica falta de detalhes em reunião e Congresso pressiona por revogação da medida.
Foto:Reprodução
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A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, revelou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não detalhou o aumento da alíquota do Imposto de Operações Financeiras (IOF) durante uma reunião na semana passada. A falta de clareza na comunicação gerou tensões entre o Ministério da Fazenda e a Casa Civil, liderada por Rui Costa. O aumento do IOF, parte de um pacote para controlar o déficit público, provocou reações adversas no mercado e no Congresso.
Hoffmann afirmou que Haddad mencionou o IOF, mas não explicou as mudanças em profundidade. "Ele não abriu com detalhes o que ia fazer", disse a ministra em entrevista ao programa "Conversa com Bial". O tema se tornou um novo ponto de crise no governo, com versões conflitantes sobre como a decisão foi tratada no Palácio do Planalto. Haddad, por sua vez, declarou que o aumento foi discutido na presença do presidente Lula.
A situação ganhou força no Congresso, onde partidos do Centrão buscam derrubar a medida por meio de projetos de decreto legislativo. A votação deve ocorrer durante reunião do colégio de líderes. A eventual revogação do aumento completo do IOF exigiria um contingenciamento significativo de despesas, embora a avaliação do governo indique que a oposição pode não conseguir os votos necessários.
Desdobramentos e Reformas
Gleisi também comentou sobre a necessidade de "jogo de cintura" para lidar com o Congresso, afirmando que algumas disputas são mais vantajosas que outras. A ministra destacou a reforma do Imposto de Renda como uma questão crucial, defendendo isenção para quem ganha até R$ 5 mil. "Essa é uma matéria que a gente vai ter que disputar mais do que mediar", afirmou.
Além disso, Gleisi mencionou a possibilidade de novos candidatos à presidência em 2026, destacando que, na sua visão, Lula é a única liderança da esquerda com potencial para a disputa. Ela citou Haddad e o ministro da Educação, Camilo Santana, como figuras com experiência, mas que ainda precisam se tornar mais conhecidas.
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