29 de mai 2025

Lula critica agronegócio e ex-ministro aponta falta de apoio ao setor agrícola
Cabrera critica governo Lula por ações prejudiciais ao agronegócio e defende a Ferrogrão como vital para a economia e segurança alimentar.
Foto:Reprodução
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O empresário e veterinário Antonio Cabrera Mano Filho criticou o governo Lula por suas ações que, segundo ele, são prejudiciais ao agronegócio brasileiro. Em entrevista ao Estadão, Cabrera, que tem uma longa trajetória no setor, afirmou que “a maioria absoluta” das ações do governo é contrária ao agro. Ele destacou a importância da produção de alimentos na geopolítica atual e a necessidade de defender o agronegócio brasileiro no cenário internacional.
Cabrera, que comanda o Grupo Cabrera, com mais de 100 anos de atuação no agronegócio, enfatizou que o presidente Lula não compreende que a produção de alimentos é uma questão de soberania e poder. Ele criticou declarações do presidente que, segundo ele, fornecem munição para concorrentes internacionais. “Estamos sendo atacados e não estamos sendo defendidos como deveríamos ser”, afirmou.
Ferrogrão e Geopolítica
O empresário defendeu a Ferrogrão, uma ferrovia que ligará o Centro-Oeste ao porto de Miritituba, no Pará, como essencial para o escoamento da produção agrícola. Cabrera argumentou que o projeto poderia ser um “carro-chefe” na apresentação do Brasil na COP 30, destacando que a Ferrogrão é um dos maiores projetos de descarbonização da economia mundial. Ele ressaltou que a ferrovia poderia reduzir em 30% o custo do frete, resultando em alimentos mais baratos para os consumidores.
Cabrera também criticou a resistência do governo em adotar o marco temporal para terras indígenas, que, segundo ele, é crucial para a segurança jurídica do agronegócio. Ele afirmou que o governo Lula “não entendeu o jogo” e que essa falta de entendimento prejudica o setor.
Desafios e Oportunidades
O empresário destacou que o Brasil, apesar de ser o maior produtor de alimentos, não é um dos maiores consumidores de defensivos agrícolas. Ele argumentou que o uso de defensivos é necessário para aumentar a produtividade e que a agricultura brasileira é mais eficiente do que a de outros países. “Hoje, não tem ninguém produzindo alimento mais barato que o Brasil”, afirmou.
Cabrera também mencionou a necessidade de contar a verdadeira história do agronegócio brasileiro, que, segundo ele, está sendo distorcida. Ele acredita que o setor deve formar parcerias com consumidores finais para esclarecer a realidade da produção agrícola no Brasil. “Precisamos contar a nossa história da maneira como ela é”, concluiu.
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