Rock World apresenta projeto Imagine com propostas de R$ 2,9 bilhões para mobilidade na Barra

A proposta do Imagine, um megaprojeto da Rock World no Parque Olímpico, enfrenta desafios na Barra da Tijuca. A votação do projeto de lei 169/2024 foi adiada devido a questionamentos sobre intervenções viárias e custos. Um estudo técnico revelou que as obras necessárias para melhorar a mobilidade na região custariam R$ 2,9 bilhões.

Em uma audiência pública realizada na Câmara dos Vereadores, moradores expressaram preocupações sobre como o Imagine poderia agravar os problemas de infraestrutura, especialmente na mobilidade. O COO da Rock World, Ricardo Acto, afirmou que um estudo técnico foi encomendado para mitigar esses impactos. Na última reunião técnica, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento, Gustavo Guerrante, apresentou detalhes da Operação Urbana Consorciada (OUC) relacionada ao projeto.

Os vereadores questionaram quais obras seriam realizadas, quando e quem arcará com os custos. O vereador Pedro Duarte (Novo) destacou a importância do projeto para atrair turismo e gerar receita, mas expressou preocupação com a mobilidade, que está se tornando crítica na região. A votação do PL foi adiada para esta semana, em resposta às incertezas.

O estudo da Rock World propõe intervenções que incluem mergulhões, passarelas e melhorias no transporte público. Entre as obras, destaca-se a construção de passarelas e rampas de acesso ao Terminal BRT Parque Olímpico, com custo estimado de R$ 20,4 milhões. As intervenções na Avenida Abelardo Bueno somam R$ 319,3 milhões, enquanto novas saídas do Parque Olímpico para a Avenida Salvador Allende custariam R$ 135,8 milhões.

A Rock World afirmou que o Imagine ajudará a captar investimentos em transporte na região, mas não se comprometeu a investir diretamente nas intervenções viárias. O projeto, que ocupará 1,2 milhão de metros quadrados, visa ser um polo de lazer e negócios, injetando R$ 240 bilhões na economia carioca e gerando 143 mil empregos em 30 anos. A inauguração, inicialmente prevista para 2028, pode ser adiada devido à demora na aprovação do PL.