02 de jun 2025
Governo Lula muda estratégia do PAC para focar em obras locais e impacto eleitoral
Governo Lula muda foco do PAC para obras menores, como creches e ambulâncias, visando impacto político em meio a cortes orçamentários.
Rui Costa participa de lançamento do PAC no Piauí: responsável pelo programa, ministro da Casa Civil era aventado como possível sucessor de Lula, mas cenário mudou diante das poucas entregas. (Foto: Henrique Raynal/CasaCivil/31-8-2023)
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O governo federal, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, está mudando a abordagem do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Diante de cortes orçamentários e dificuldades em lançar grandes obras, a estratégia agora se concentra em inaugurações de projetos menores, como creches e ambulâncias, para se conectar com a população.
A nova tática visa evitar que Lula seja associado apenas a eventos de pequeno porte. O plano é realizar grandes cerimônias, onde o presidente participará de uma inauguração em uma cidade e anunciará simultaneamente outras obras em diferentes localidades, transmitidas online. Essa mudança busca reforçar a presença de Lula fora de Brasília, destacando que essas obras são frutos de sua gestão.
Até abril, dois mil setecentos e três municípios estavam com obras em execução, licitação ou concluídas no PAC Seleções, que prioriza projetos locais. Para 2025, está previsto um investimento de R$ 49,2 bilhões. A Casa Civil, em resposta às críticas sobre a falta de uma "marca" para o PAC, afirma que o objetivo é ampliar a infraestrutura do país em parceria com prefeituras e o setor privado.
O secretário nacional de comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT), Jilmar Tatto, defende a nova estratégia, afirmando que as viagens de Lula para inaugurações, mesmo que de obras menores, têm impacto nas redes sociais e fortalecem o movimento político entre deputados e prefeitos. "Tirar Lula do Palácio dá a ideia de movimento e proximidade com o povo," disse Tatto.
A mudança ocorre em um contexto de orçamento congelado, com R$ 7,6 bilhões do PAC afetados por contingenciamento. O PAC, que foi lançado em 2007, é conhecido por grandes obras de infraestrutura, como a Ferrovia Norte-Sul e a hidrelétrica de Belo Monte. Com a nova abordagem, o governo busca melhorar a avaliação da gestão e se preparar para as eleições de 2026.
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